Pastilla de Frango

by O Comilão

Mais uma vez, Os Comilões convidam-vos a viajar através da comida. Com esta receita de Pastilla, o destino é Marrocos e um pouco de todo o Magrebe. Peguem no passaporte e numa frigideira e venham conhecer este prato.

Foi o Gordon Ramsay que me deu a conhecer esta receita e quem sou eu para a alterar, não é? Mas alterei só na parte do frango, acho que ele não se chateia. Originalmente feita com carne de pombo, a Pastilla tem-se adaptado a outras proteínas e versões. Também a tradicional massa werqa vai sendo substituida por outras, especialmente fora da região norte-africana, como a filo que usamos nesta receita. Como já usei várias palavras em estrangeiro para parecer que percebo disto, posso passar às instruções.

Prepara-se o recheio, que pode ser feito com 1 ou 2 dias de antecedência:

  • Numa frigideira frita-se, com um pouco de azeite, 600g de coxas de frango sem osso em lume médio/alto (atenção: coxas não são pernas). Queremos que fique bem caramelizado;
  • Retira-se o frango depois de caramelizado de todos os lados;
  • Junta-se 1 colher de sopa de manteiga à frigideira e 1 cebola grande cortada em meias luas finas;
  • Neste tempo, desfia-se a carne ou corta-se em pedaços pequenos;
  • Depois da cebola amolecida e com alguma cor, pica-se finamente um pedaço do tamanho de um dedo de gengibre (podem também ralar) e manda-se o desgraçado para a companhia da cebola;
  • Adiciona-se meia colher de chá de canela, outra de curcuma e uma pitada de sal e de açúcar e deixa-se cozinhar 1 minuto;
  • Devolve-se o frango à frigideira e rega-se com 500ml de água ou caldo de galinha, tempera-se e reduz-se o lume para médio/baixo;
  • Quando tiver evaporado para cerca de um terço, junta-se 3 ovos batidos, mexendo, e deixa-se cozinhar mais um pouco até a mistura estar cremosa;
  • Junta-se uma mão cheia de amêndoas laminadas e envolve-se tudo. Está pronto o recheio e deixa-se arrefecer.

Para montar a tarte:

  • Pré-aquece-se o forno a 190ºC;
  • Derrete-se 2 colheres de sopa de manteiga;
  • Unta-se uma forma de bolos de mais ou menos 20cm com manteiga;
  • Coloca-se a massa filo na forma, folha a folha e pincelando cada uma com manteiga também. Queremos 4 folhas aqui na “base”. Deixem aberta porque depois vai ser para fechar e não dá para fechar uma coisa já fechada, a não ser que sejam surrealistas;
  • Junta-se o recheio e mais 3 folhas de massa filo em cima dele, para não ter frio, coitadito;
  • Dobra-se a massa filo para dentro, tapando bem, de modo a parecer uma farrapada que ali está. Pincela-se com manteiga este topo também;
  • Leva-se ao forno até estar dourada. Vira-se e deixa-se dourar do outro lado;
  • Retira-se do forno e polvilha-se com canela e açúcar em pó.

O resultado desta viagem é uma sensação crocante e cremosa, com toque de canela. Curioso como é tão parecida com muita da doçaria portuguesa, não acham?

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